CineHistória estimula pensamento crítico entre estudantes de Santiago
Com exibições mensais de filmes seguidas por rodas de conversa, o projeto CineHistória chega a sua quarta edição promovendo educação de qualidade por meio da sétima arte. A iniciativa extensionista do IFFar – Campus Jaguari, coordenada pela professora Carina Martiny, envolve estudantes do Centro de Referência de Santiago e duas escolas estaduais da cidade, alinhando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS 4), que visa garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade.
Projeto de extensão leva cinema e diálogo a duas escolas de Santiago. Foto: Divulgação
Nas tardes de sexta-feira em Santiago, a sala de aula se transforma em sala de cinema. O som do projetor se mistura às vozes curiosas de estudantes do 6º ao 9º ano das escolas estaduais Cândido Genro e João Eduardo Witt Schmitz. Ao lado deles, estudantes do Curso Técnico Integrado em Administração do Centro de Referência de Santiago, unidade do IFFar vinculada ao campus Jaguari, participam ativamente da organização e execução das sessões do projeto CineHistória: Cinema e História na Escola, que desde 2023 une conhecimento histórico e linguagem cinematográfica em uma proposta educativa e integradora.
O projeto tem como objetivo principal complementar o ensino da disciplina de História nas escolas, promovendo o debate sobre temas históricos e sociais a partir da exibição de filmes. As sessões acontecem mensalmente e são antecedidas por momentos de estudo e planejamento coordenados pela professora de História Carina Martiny. “Nosso intuito é aproximar o IFFar das escolas e, ao mesmo tempo, estimular a leitura crítica e o protagonismo estudantil”, explica Carina.
Mais do que um exercício de análise fílmica, o CineHistória tem impactado diretamente a vida das estudantes envolvidas na produção das atividades. É o caso de Sabrina do Nascimento Gonçalves, estudante do 2º ano, que compartilha uma transformação pessoal importante desde que ingressou no projeto. “No começo, eu não gostava de filmes, porque não sabia como interpretá-los e tinha medo de me comunicar, temendo sofrer bullying novamente. O projeto me ajudou muito. Hoje, consigo discutir os filmes em grupo, me sinto confiante e feliz por participar”, relata a estudante.
A experiência com o CineHistória também tem aberto portas para o universo da pesquisa e da extensão. Grazielli Michelin Faccin, atualmente voluntária e participante desde 2023, destaca como o projeto impulsionou sua atuação acadêmica: “Pude apresentar em eventos científicos como o Simpósio de Educação e Ciências e a Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão. Isso me ajudou muito na minha prática de apresentação, essencial para o curso técnico e para o mercado”.
Grazielli participou da 1ª Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão (JEPE) no IFFar - Campus Alegrete
Já Érika Gomes Vargas, bolsista da atual edição, vê no projeto uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional: “Melhorei muito minha escrita, meus conhecimentos em História e perdi o medo de apresentar. O CineHistória me preparou para além da sala de aula”.
Com atividades programadas até dezembro de 2025, o CineHistória mantém sua rotina de encontros. Ao todo, cerca de 90 estudantes têm sido beneficiados diretamente pelas ações. A cada edição, o projeto se consolida como uma ponte entre o IFFar e a comunidade escolar de Santiago, estimulando o pensamento crítico, a valorização do cinema como ferramenta pedagógica e o fortalecimento do protagonismo juvenil na educação pública.
Secom
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