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No IFFar, a pesquisa movimenta saberes e transforma futuros

Publicado em Terça, 08 de Julho de 2025, 06h00 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

Instituído pelas Leis nº 10.221/2001 e nº 11.807/2008, o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador e da Pesquisadora Científica, celebrado em 8 de julho, reforça a importância da produção científica para o país. No IFFar, docentes e estudantes demonstram, por meio de suas experiências, como a pesquisa contribui para a formação e a transformação social.

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Na instituição, a pesquisa está presente em diferentes áreas do conhecimento e se conecta diretamente com a realidade dos territórios onde atua. Os projetos desenvolvidos por professores e estudantes evidenciam como o fazer científico contribui para o aprendizado na prática, a autonomia estudantil e a inovação social.

Um exemplo disso vem do Campus Santa Rosa, onde a professora Joseana Severo encontrou, na batata-doce, o ponto de partida para uma trajetória de quase uma década dedicada à investigação científica. “Atualmente, minha pesquisa está centrada na avaliação dos teores de carotenoides totais e antocianinas totais em cultivares de batata-doce de polpa alaranjada e polpa roxa, com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes formas de processamento nesses compostos”, relata. O trabalho é fruto de uma cooperação técnica firmada com a Embrapa em 2015, que forneceu as ramas. Desde então, os estudos avançam com o desenvolvimento de produtos como biscoitos, doces, pães, bolos e gelados comestíveis.

Joseana vê na pesquisa um importante instrumento de formação. “Desde meu ingresso no IFFar, em 2010, sempre estive envolvida em projetos de pesquisa e tive a satisfação de orientar vários alunos na Iniciação Científica. Alguns desses seguiram o caminho acadêmico, concluindo o mestrado e o doutorado. Isso é muito gratificante. A bolsa, muitas vezes, proporciona uma renda extra que pode ser decisiva na continuidade dos estudos de alguns alunos. Além disso, a pesquisa fornece respostas importantes para a sociedade e permite o aprimoramento das nossas atividades docentes”.

No Campus Frederico Westphalen, a professora Ariane Ávila Neto de Farias e a estudante bolsista Eduarda Fassini se dedicam à análise da literatura brasileira contemporânea. “Minha pesquisa tem como foco a representação do feminino na literatura brasileira contemporânea escrita por mulheres. O objetivo é analisar como essas autoras constroem personagens e narrativas que se afastam dos modelos tradicionais patriarcais, nos quais a mulher era limitada ao espaço privado e à submissão aos desejos masculinos”, explicam. O trabalho busca evidenciar “subjetividades femininas múltiplas, contraditórias e dinâmicas, que refletem a complexidade das experiências vividas pelas mulheres na atualidade, desafiando estereótipos e ampliando as formas de compreensão do feminino”.

Para elas, o papel da pesquisa no IFFar vai além da formação técnica. “O desenvolvimento de atividades de pesquisa no IFFar é essencial para promover uma formação crítica, reflexiva e comprometida com a transformação social. Por meio da pesquisa, é possível articular o conhecimento acadêmico com questões relevantes da sociedade, contribuindo para o debate sobre diversidade, cultura e justiça. Dessa forma, o IFFar se afirma como um espaço de valorização da produção científica e da formação cidadã, capaz de incentivar novas leituras do mundo e promover mudanças significativas nas formas de pensar e agir”.

Essa visão também é compartilhada pelo professor Rangel Pacheco, também do Campus Frederico Westphalen, que desenvolve pesquisas voltadas à produção de bovinos de corte e aos sistemas pecuários. Para o docente, “a pesquisa é importante porque ela representa um elemento essencial no tripé que sustenta os institutos federais. É ela que garante que o ensino esteja conectado a práticas reais, a soluções reais, a problemas reais. Isso nos aproxima da nossa missão institucional, que é formar de forma integral os cidadãos e promover o desenvolvimento sustentável”.

No Campus Jaguari, o olhar se volta para a própria história da educação profissional. A professora Vanessa de Cássia Pistóia Mariani coordena, junto a docentes, mestrandos, estudantes de graduação e de cursos técnicos integrados, dois projetos complementares: “A Educação Profissional Tecnológica e os entendimentos docentes” e “Resgatando memórias sobre vivências na Educação Profissional e Tecnológica”.

Segundo a pesquisadora, “essas pesquisas são importantes porque fomentam o desenvolvimento de pesquisadores que estudam o próprio lócus de atuação e formação (Educação Profissional e Tecnológica e os Institutos Federais) e ainda promovem a produção e análise científica, além da socialização de dados que, por meio de análises qualitativas, trazem elementos que podem contribuir para a efetivação da missão institucional e dos processos educacionais do IFFar e de outras instituições que trabalham com a EPT”.

A pesquisa também se manifesta em práticas aplicadas no Campus Santo Augusto, onde a Maria Fernanda Menezes coordena estudos voltados à alimentação saudável e inclusiva. “Pesquisamos o desenvolvimento e a caracterização de produtos sem glúten, utilizando diferentes formulações com farinha de arroz e batata-doce biofortificada, enriquecidos com proteínas vegetais e animais”, descreve. O objetivo é claro: “elaborar alimentos nutritivos, avaliando suas propriedades físico-químicas, tecnológicas e microbiológicas.” A proposta acompanha “a tendência do setor alimentício em desenvolver produtos práticos, sensorialmente atrativos e saudáveis, atendendo à demanda dos consumidores por opções que promovam saúde e bem-estar”.

Para Maria Fernanda, “o desenvolvimento de atividades de pesquisa visa promover a iniciação científica de alunos do Campus Santo Augusto, com atividades práticas em laboratórios e a divulgação do conhecimento em eventos acadêmicos e científicos na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos”.

No Campus Santo Ângelo, a professora Cristiane da Silva Stamberg também alia pesquisa e prática educativa ao desenvolver o projeto “Software Livre e Matemática: Desafios e Potencialidades de conhecimento através da pesquisa”, voltado especialmente para o ensino fundamental. O trabalho tem como foco selecionar e analisar softwares livres e aplicativos que contribuam para o ensino da matemática, com a criação de tutoriais práticos em um site destinado a apoiar professores na inovação de suas aulas, mesmo em contextos com poucos recursos tecnológicos. “Esperamos, com esse projeto de pesquisa, ampliar a formação de professores, promovendo a inclusão digital e despertando o interesse dos alunos pela matemática”, explica a docente. A pesquisa utiliza levantamento bibliográfico e análise de ferramentas digitais, sempre com o propósito de tornar o aprendizado mais dinâmico e acessível.

No Campus São Vicente do Sul, a professora Cinara Rosa e a estudante de Agronomia Milena Marquesin desenvolvem um estudo voltado à compreensão de um fenômeno climático típico da região: o Vento Norte. “Esses eventos são caracterizados por ventos intensos de direção norte, associados a altas temperaturas e baixa umidade, produzindo mudanças marcantes no conforto térmico local”, explica Cinara. A pesquisa visa compreender os impactos desse fenômeno sobre o bem-estar da população e as implicações para a agricultura, a saúde pública e a adaptação às mudanças climáticas. Para Milena, “esses resultados reforçam a importância do monitoramento constante desses eventos e sua consideração no planejamento de políticas de saúde, bem como no desenvolvimento de sistemas de alerta precoce para a nossa região. Desenvolver a pesquisa no IFFar é importante, pois fortalece a instituição e o desenvolvimento sustentável da região”.

Essas experiências revelam a diversidade de temas, abordagens e olhares que compõem a pesquisa no Instituto Federal Farroupilha. São projetos que unem ciência e vida cotidiana, estimulam a autonomia estudantil e reafirmam o compromisso da instituição com a formação integral dos seus estudantes.

No IFFar, estudantes e professores encontram espaço para se destacarem como pesquisadores, contribuindo ativamente com o aprimoramento das comunidades nas quais estão inseridos. Em sintonia com o ensino e a extensão, a pesquisa é reconhecida como eixo fundamental da transformação social.

Outros depoimentos em vídeo podem ser acessados no Instagram.

Secom

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