Permanência que transforma: a força da assistência estudantil no IFFar
Nos dias 26 e 27 de junho, a Reitoria do IFFar, em Santa Maria, recebeu servidoras e servidores de todos os campi para o III Encontro de Servidores da Assistência Estudantil. O evento reafirmou o papel da assistência estudantil como política essencial para garantir o acesso, a permanência e o êxito dos estudantes da instituição.

Professora Carla Jardim, coordenadora do Projeto Rede APE, durante a palestra de abertura do III Encontro de Servidores da Assistência Estudantil do IFFar.
Diante dos crescentes desafios sociais, a assistência estudantil destaca-se como uma das principais ferramentas de efetivação do direito à educação. No IFFar, esse compromisso ganha rostos, vozes e práticas que se encontraram presencialmente em um evento pautado pela escuta, pelo diálogo e pela construção coletiva.
Durante os dois dias, profissionais das áreas de serviço social, psicologia, pedagogia, odontologia, enfermagem, nutrição e assistência aos alunos reuniram-se com um objetivo comum: refletir sobre os caminhos percorridos e traçar novas estratégias para fortalecer a permanência dos estudantes e promover o cuidado integral no ambiente escolar.
A professora Carla Jardim, ex-reitora do IFFar e coordenadora do Projeto Rede APE (Acesso, Permanência e Êxito na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), participou da abertura do evento e destacou a centralidade da assistência estudantil na consolidação de trajetórias escolares bem-sucedidas. “Quando falamos em acesso, permanência e êxito, estamos falando da valorização dos profissionais e do investimento em infraestrutura voltada à assistência estudantil. É essa estrutura que sustenta os sonhos de milhares de estudantes brasileiros”, afirmou.

A pró-reitora de Ensino, professora Patrícia Donicht, e a diretora de Assistência Estudantil, Priscila Porta Nova, recepcionam os participantes do evento.
Para a diretora de Assistência Estudantil do IFFar, Priscila Porta Nova de Oliveira, o reencontro presencial dos profissionais, após o distanciamento imposto pela pandemia, foi decisivo para resgatar vínculos e renovar o senso de pertencimento. “A assistência estudantil está todos os dias ao lado do estudante, acolhendo, intervindo, sendo ponte entre família, aluno e escola. Esse momento de formação fortalece nossa atuação e nos permite repensar práticas e traçar novos caminhos”, pontuou.
A programação abordou temas como o novo Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), promoção da saúde no contexto escolar, práticas restaurativas e o papel dos assistentes de alunos na mediação do cotidiano institucional. Um dos pontos altos do encontro foi a elaboração coletiva de uma Carta Propositiva, documento que reúne propostas e encaminhamentos destinados a subsidiar as próximas ações institucionais na área.
Entre os participantes, o sentimento era de renovação e fortalecimento. O evento foi marcado por trocas intensas e emocionadas entre os servidores. “É muito positivo participar desse momento, ver as diferenças entre os campi, refletir sobre o nosso fazer e levar essas reflexões de volta para a nossa unidade”, relatou Rhenan de Jesus, assistente de alunos do campus Alegrete. Janete Lorenzoni, assistente social do campus São Vicente do Sul, destacou o caráter acolhedor da iniciativa: “Compartilhar dificuldades e celebrar conquistas com colegas que vivem realidades semelhantes renova as energias e nos ajuda a continuar a caminhada”.
Palestras e mesas-redondas exploram diferentes dimensões da Assistência Estudantil no IFFar.
Já Katiele Hundertmarck, enfermeira do campus Júlio de Castilhos e coordenadora das Ações Afirmativas do IFFar, ressaltou que garantir acesso à saúde nos campi é uma forma concreta de assegurar o direito à educação plena. Segundo ela, o diferencial do IFFar está na presença de profissionais de saúde que atuam tanto no atendimento clínico quanto em ações preventivas e educativas.
“As atividades relacionadas à saúde ofertadas aos estudantes do IFFar, tanto nos atendimentos clínicos individuais quanto nas estratégias coletivas de educação e promoção da saúde, representam oportunidades únicas de acolher demandas próprias das juventudes. Esses espaços promovem escuta qualificada e enfrentamento das iniquidades que impactam diretamente os processos de saúde e adoecimento. Muitas vezes, essas experiências de cuidado só ocorrem porque estão inseridas na vivência educacional do IFFar”, explicou.

Servidoras e servidores de todos os campi do IFFar recebem corações feitos à mão pela assistente social Vanessa Carla Neckel, do IFRS – Campus Sertão, mediadora de uma das palestras.
Katiele também compartilhou a experiência do projeto “Saúde no IFFar”, desenvolvido no campus Júlio de Castilhos, que realiza avaliações de saúde com estudantes para identificar tanto necessidades específicas quanto temáticas coletivas urgentes, como saúde mental e prevenção às violências. “Ter profissionais da saúde atuando dentro da instituição permite não apenas recuperar a saúde, mas também prevenir agravos e fomentar hábitos de cuidado contínuo. Isso contribui para formar não só profissionais, mas também cidadãos e cidadãs mais conscientes do seu bem-estar e do bem comum”, completou.
O III Encontro de Servidores da Assistência Estudantil reforçou a compreensão de que o cuidado com os estudantes é uma construção coletiva, contínua e essencial. No IFFar, a assistência estudantil se consolida como um dos pilares de uma educação pública comprometida com a inclusão, o desenvolvimento humano e a transformação social. Garantir a permanência é, também, garantir que os sonhos possam se tornar realidade.
Assista à gravação das mesas e debates na WebTV do IFFar, dos dias 26 e 27.
Secom
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